Rapsodo Hilário

É necessário o desconexo.

É necessário um estalo profundo

neste silêncio amarelo.

Na conjectura do luar incompleto,

na unha de Deus,

surge o “1, 2, 3” de violões vagabundos.

Boemia louca e desnecessária;

abstinência e “dor-de-cotovelo.“

Falta uma métrica idiossincrática,

e sobram palavras difíceis em dicionários estúpidos.

O termo muda;

está mudo o tema.

Mamãe, matei um homem.

Ele não me amou,

tampouco a Sócrates.

Eu ainda o amo,

mas, agora, ele está morto

e nada mais importa pra mim.

O que sei, é que o vento continuará soprando...

Raul Furiatti Moreira
Enviado por Raul Furiatti Moreira em 30/07/2008
Reeditado em 27/11/2008
Código do texto: T1104228
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