**GAIOLAS**

Poesia canta presa,

garganta e gaiola.

Alma agiganta-se:

Uma dor de precipícios,

de escolhas...

Menstruo os meus dias,

ciclos, lutos, melancolias.

Reconstruo-me em noites frias.

Um gelo de estômago, de âmago,

de cólera e desafios.

Gaiola aberta, canto preso...

Pressa de estar, de voar bem longe,

quase sem medo de mim.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 01/08/2008
Código do texto: T1107910
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