**GAIOLAS**
Poesia canta presa,
garganta e gaiola.
Alma agiganta-se:
Uma dor de precipícios,
de escolhas...
Menstruo os meus dias,
ciclos, lutos, melancolias.
Reconstruo-me em noites frias.
Um gelo de estômago, de âmago,
de cólera e desafios.
Gaiola aberta, canto preso...
Pressa de estar, de voar bem longe,
quase sem medo de mim.