O poema das horas

O senhor do tempo embala as noites...

suspenso na parede

de seu trono pendurado

rege o sono dos plebeus.

tic,tac,tic, tac,tic, tac...

repousam nos ponteiros

o mutismo tétrico das horas.

os duendes, jogam cinzas nos olhos...

fantasmas jogam paciência no porão...

O senhor do tempo embala as noites...

na sala grande, as almas dançam valsa.

Horas mortas.

Minutos vivos.

Segundos ávidos pelo raiar do sol.

Tic, tac, tic, tac, tic, tac...

Cronos deixou cair a ampulheta.