Mulher Ideal
De tanta beleza e de prudência atenta
Que quando sob mim, como a teu gosto
Eu tão amavel sinto-te no meu rosto
E no teu proprio balanço me sustento.
Tu, a favor de quem me matizo sem desgosto
Pedra negra! Negritude que me acalenta
Negros seios serenos, intelecta e opulenta
Negra flor honrada a que não sou oposto
Mulher ideal, quando nas mais belas e longas
Madrugadas, perco-me em tua doce loucura
Tenho-te inteira, clara, perdida em sombras.
São teus peitos tão alegres de aguçadas pontas
São teus olhos tão brilhantes de belaza pura
É teu corpo tão perfeito no que o amor desponta