Meu paladar
Escrevo diante de um paladar desfeito
E assim como na vida do poeta
não há canetas por perto...
...nem venezianas abertas...
Escrevo tão somente no escuro
E sob o silêncio
dos talheres tão mudos
como meus pensamentos
Do que eu ia escrever, Quintana,
também me esqueço
e nada me sobra...
Somente o amargo sabor
de um meio-dia
que ansiava ser inteiro...
(Adriana Luz – 02 de agosto de 2008)