NOITE ADENTRO
No silêncio da noite,
varando as madrugadas.
No escuro do quarto,
o tic-tac do relógio:
a penetrar a alma,
a cronometrar o prazo,
a preocupar o pensamento,
a contrariar a calma.
Os ponteiros em movimento.
A punição do atraso.
A multa do descaso.
A tensão do tempo.
No silêncio da noite,
hora de descansar,
das angústias humanas
da labuta do dia.
Antes do despertador,
acordar o sonho da paz
e estabelecer a guerra
do dia que não passou.
Autor: Julimar Antônio Vianna
02/08/08