sob a face da manhã

“a ver se a vida se acerta sem horizontes”

havia uma sonoridade poética no ar

e fez despertar o amanhecer :

“tens o sol a construir e eu”

ao início do dia alastra-se

a muralha dos versos sentidos:

um lavrador rejunta, entre pedras,

a sua poesia, numa

construção além do tempo

mesmo que essa se derrame

para distâncias até

ao alcance do definitivo

a poesia é como o amor: repousa

ao mar do meio-dia, diante

d’olhar nascente

:

“finjo que não me dói”

...

e adormeço a beira

do mar desta saudade

silenciosamente

marcia eduarda
Enviado por marcia eduarda em 03/08/2008
Código do texto: T1110602
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