PÁSSARO DO POENTE

Pássaro do poente, a vagar pelo espaço infinito,

rasgando as densas nuvens tingidas de sol,

à procura de um ninho imaginário

onde possa se abrigar das agruras da noite.

Ei-lo a voar sem rumo,

como se estivesse perdido:

ele parece confuso,

seu vôo é agitado, incerto;

ela vaga por espaços

ainda não conhecidos.

Sabe que seu destino ainda é incerto;

talvez voe por toda a eternidade

sem chegar a parte alguma.

Mas sua ânsia é desmedida,

ele penetra pelos espaços desconhecidos

e se perde na imensidão inatingível

que à sua frente se abre.

Encontrará a paz que tanto procura?

Repousará o merecido sono

tantas vezes perturbado

pela maldade dos homens?

Ele não sabe.

Seu único objetivo é voar

rumo ao ignorado,

em direção ao nada,

que o levará, afinal, à liberdade!