Tabuleiro
O tempo passa à cada lance
Um bispo corrupto está em sua diagonal
Passo a passo e cor a cor avança o soldado
Mero instrumento de um rei controlador
E os cavalos também avançam pelo campo
Eleando a planície do combate
O sangue se derrama lentamente
E o silêncio ainda reina no abate
Ao lado do Rei a mulher que domina
E ainda, na batalha, as torres frias
Observando, em linha reta
O espetáculo de toda essa chacina.
Mas quando ultrapassadas
As barreiras do tirano
E quando desarmado
Encontra-se o soberano
Sabe-se pois que da morte é a vez
E dá-se então por encerrado
Mais um jogo de Xadrez.