Pobre Falso Poeta

Emuchercido o lírio

O cheiro ainda é forte

E o martírio deixa eterno corte.

O remédio já não cura

Agora ele também mata

Enche o peito de amargura e ataca.

A lágrima já não brilha

É falsa e desonesta

Nem para a guerrilha presta.

A morte não assuta

É cômica e até esperada

É como a astúdia da espada.

Eu quero ser agora

um pobre falso poeta

Que chora, ama, desperta!