Tão além de mim mesmo

Aqui estou eu, muito além do céu distante,

Após ver como o mundo e o tempo terminam,

Através das montanhas e da planície vazia,

Andei até a luz que me guia.

Através da chuva que caía, viajando errante,

Na escuridão mais negra da noite,

Via as estrelas e nelas sua face...

Sob a chuva de inverno ou o sol matinal,

Sempre esperei por um som a me chamar,

Caminhando em sonhos de um tempo sem fim,

Sem saber o momento de deixar essa vida para trás...

Encarando a vida com olhos de ódio e dor,

Vendo que era em vão viver sem um amor...

Voei livre nas solitárias estradas do amanhã,

Feche os olhos e veja a luz tênue dos dias que virão.

As memórias que o tempo jamais irá curar,

Nessa trilha dos corações a sangrar...

Mais uma vez caminho só,

Perdido nas memórias do que posso deixar para trás.

Ouvindo os sussurros da minha alma,

Que pensa em você uma vez mais.

Minha vida mais ainda vazia,

E aquele medo retornando outra vez,

Procurando loucamente uma saída,

Pra solidão e pra insensatez...

E o choro que eu não chorei,

As mentiras que não contei,

Tudo o que tive medo de dizer,

Minha mais profunda razão de ser,

Meus sentimentos mais secretos e profundos,

Tudo o que eu trago mais lá no fundo,

O vazio e a dor, a ferida no peito,

É que eu te amo, não tem jeito...