O Outro de Mim

De tanto dizer, as palavras me faltaram

Estava ali, frente ao novo mundo

Assistindo o fim de minha própria carne

Voando entre as janelas desse horizonte em púrpura

Eles amaram o quanto puderam, e dançavam

Entreguas à sua sede por justiça, mataram

Morreram por não acreditarem de verdade

Eram apenas almas nascidas da dor

Ahh... o violino quase gritava, agonizava esse fim

Era tudo pra mim, essa alma sem cor

Na sala vazia ela brincava como criança

E no meio da valsa do monstro, apenas a inércia

Fecham-se as portas do rito, assim sem ritmo

Os tambores silenciavam, no seio da floresta gentil

Eram humanos seus desejos, mas divinos seus clamores

Eram nuvem e prata, mel e seda!!!

Havia aquela canção que percorria seus lábios mortos

Havia aquele anjo que pensou ser Deus

Ainda ouvia-se a chuva caminhando em busca do novo

Trazendo a tempestade, trazendo a mudança

Não se acanhe alma, sinta-se como és: imortal!

Chore tudo que pode, possa tudo que chora

Acaso essa espada encravada em meu peito

Não te diz algo alem de sangue e fim???

Tomverter
Enviado por Tomverter em 06/08/2008
Reeditado em 06/08/2008
Código do texto: T1115491
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