Horas de ontem.

Da boca o beijo que desejei,

Dos olhos as lágrimas que marcaram.

É tua a solidão que dói.

Sei, que a culpa que um dia foi, ficou.

Como os tais pratos em fina porcelana,

Com algo mais, os dois se fazem a vazia companhia na mesa de jantar.

Pouco sobrou da sala, e da casa?

O vento derrubou, daqueles “violentos.”

Começa leve em brisa.

Ontem encontrei, o meu relógio,

Marquei a hora e fiquei,

Entre os ponteiros, das horas que partiram.

O circulo completo, e várias vezes...

Culpei o velho, e os ponteiros que herdei.

Certa vez descobri um segredo intimo,

Esqueci de lembrar hoje.

Esqueci de dar corda no relógio,

Parei nas horas de ontem.

Leo Magno Mauricio
Enviado por Leo Magno Mauricio em 07/08/2008
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