Não podes...
Não podes adivinhar o que sou,
Quando nem eu própria sei.
Não podes pedir-me para sorrir,
Quando meu sorriso,
Congelou com o tempo.
Não podes pedir-me para te amar,
Quando o amor esfumou-se da minha vida
E tornou-me num ser
Que vagueia sem alma e coração.
Não podes dar-me alento,
Quando tudo o que aprendi,
Foi-se com o tempo, e deixou-me assim...
Vivo neste estado de morte completa,
Os sentimentos
Deixaram de fazer parte de mim.
Entregaste-me a uma vida que não quero viver,
Abandonaste todos os nossos sonhos e realidades,
E deixas-te-me à deriva,
Num rio que já não corre.
Por isso, não podes pedir-me para ser feliz,
Quando minha felicidade eras tu.
Desculpa-me,
Mas nada podes fazer
Para me tirar deste sofrimento atroz,
Que fez de mim algo indefinido.
Sabes, eu ainda te amo,
Mas sinto-me uma sombra do que fui,
Minha garganta aperta,
Meu sorriso esvai-se,
Minha vida já não existe,
Meus sentidos morrem,
Meus sentimentos congelaram,
Mas eu ainda te amo!