Nascimento II

Tenho medo de que as pessoas sejam jogadas dentro de si mesmas

Como que jogadas de pontes, prédios e penhascos,

E que no fundo de tudo mudo acontecendo(a queda),

Possam ouvir somente o ritmo do coração

E nada mais.

Tenho medo ainda que elas se exasperem

Arregalem os olhos,

E se mexam no estreitamento que foi o salto,

E descubram os absurdos de serem o que são

E a força bela de serem o que são e nada mais.

Anaís
Enviado por Anaís em 15/02/2006
Reeditado em 21/02/2006
Código do texto: T112043