Solidão
O visgo assombrando as ruas
Conflitos entre ser ou não,
A despeito de cada senão
Na busca das verdades nuas.
Procurar onde se já fui traído
Pelos desencontros da vida,
Que hora mocinha outrora bandida
Tirava-me da lama ou deixava-me caído.
Lancei-me em procuras vãs,
Com medo dos fantasmas atrás das portas
Impondo terror ao meu coração,
Mas acredito em novos amanhãs
Onde enterrarei de vez as coisas mortas
Junto com a minha triste solidão!