ANSEIOS

Quisera, meu amor, me libertasses

dos pesados grilhões dessa ternura!...

Não me servisses mais o capitoso

e embriagante vinho desse olhar!...

Parasses de queimar pesado incenso

com que oprimes o meu coração!...

Estou perdido em ti: todo enredado

nas malhas que tu teces, co carinhos...

Liberta-me, amor, dos sortilégios!...

Faz de mim, por favor, um novo homem!...

E eu, voluntariamente, entregarei

em tuas mãos, um livre coração!...

Julio Sayão
Enviado por Julio Sayão em 15/02/2006
Código do texto: T112272