DOMINGO À BEIRA TEJO

Do primeiro andar do pub

Vejo o Tejo em seu ‘splendor.

Enfunadas vão as velas.

Abençoa, o Redentor.

O Sol está a bronzear

Quem petisca na varanda.

E o comboio além na ponte,

Sua marcha, não abranda.

Passeia-se à borda-d’água

Entre carros de bebé

E fogosas bicicletas.

As famílias vão a pé.

Debaixo da ponte pênsil,

Escuta-se a vibração

Da metálica estrutura,

Das margens, a ligação.

A tarde vai a cair

Na precoce Primavera.

As pessoas ‘stão saudosas,

Parece longa a espera.

Suave, larga, ondulada,

A água do Tejo brilha.

Eu vou recordar-te assim,

Ó meu Deus, que maravilha!

E ao afastar-me do rio,

Inundando o ambiente,

Deixo uma luz preciosa

Do lado do Sol poente.

Lisboa, 12.02.2006

Maria da Fonseca
Enviado por Maria da Fonseca em 15/02/2006
Reeditado em 30/10/2008
Código do texto: T112277