Mais um devaneio Paulista
Por onde você andar,
As luzes metropolitanas se apagarão,
E a luz da lua,
Será a única a te iluminar,
A avenida será teu palco,
Suas peças de roupa ali cairão,
Boêmios nas janelas acenderão as velas.
Sua passarela será o elevado,
Fechado neste noturno sábado.
As ceras das velas escorrerão e logo,
O gozo de teus admiradores em paixão.
Escorrem também,
Das madrugadas limpeazas de bares,
A água.
Esta,
Que muitos desabrigados bebem,
Tentando enganar o corpo,
Pobre rico corpo.
O que é triste?
Nada é triste.
Boa noite,
Os pássaros contidos em contos diversos vão se acordar,
Despertando a cidade e musicando meus sonhos.