poema, livre, à beira da paixão
bruma da manhã à memória dos segredos
revelam-se sonhos e serenidades
encantos e esperas à textura das palavras
tessituras e cadências de versos se estendem a si
versos são confissões aflitas de querências
à leveza do olhar o retrato ao longe:
marinhos reflexos num lago de águas azuis
teu olhar lazuli : janela ao mar...
à orla, alva, do amanhecer
está, para si, a chave dos sonhos
e sobre as sedas, em sigilo, o corpo despido
duma mulher simples e amorosa que
exala alecrins e poemas
ama-se à carícia do vento
e o amanhecer, em soltura, aflora