POEMA DO NATAL E ANO NOVO

POEMA DO NATAL E ANO NOVO

Que Vivi Nas Areias de Cabo Frio e Nas Dores Distantes da Desaguada do Indico Faminto E os resquícios de Lembrança que Não Querem Ir Embora

Ainda a lembrança

de estouros plásticos gaseíficados

trovôes quimicos

e relâmpagos festivos

Habitam meu mundo de palavras

e canções

Rodeiam minha existência

tanto quanto o ar

a brisa maritima e o sol

- que afogam minhas vontades

projetos e quimeras -

Tanta beleza - investida em

exuberante paisagem

de esverdeados tons

e em imenso um imenso mar

que molha , encanta, seduz

E que assusta, face

a revolta do Indico

indício de vida própria

da mãe de deus - natureza

Foi...no ontem

que viveu meu dia,

expectativa, honra e dor

nessas horas

Ainda a lembrança

insiste - tanto, que existe

Ainda há lembrança

E nisto resido passado

resisto amarrado, invisto

engajado

Foi...no ontem

que chorou meu mundo

E o mundo câo

esperto da hora vilã

que inundou o chão

de água salgada

e movimento do chão

não sem antes

de sangue o manchar

Ainda a lembrança

anda e habita

meu mundo - de palavras e canções

Neste segundo dia

de demilecinco.

Sylvio Neto
Enviado por Sylvio Neto em 14/04/2005
Código do texto: T11272