A CANETA,O CADERNO E O BORRÃO
Antes apenas um caderno na mesa,
E uma caneta na mão,
Depois os dois juntos – a união
Em seguida as idéias primeiras,
Como um pincel numa grande tela
Em segundos aparecem as primícias
O rabisco, o borrão...
Daí surge algumas letras.
Novas idéias, outras facetas.
O pincel imaginário transforma-se na caneta.
Instrumento poderoso na mão de um pobre poeta...
Que como “figuras” as letras vão se articulando
Uma rima entre outra criando, uma nova arte encantando.
E o poeta que pensa que sonha,
Às vezes sonha mais do que pensa
Faz das letras pintura dela sua arte
E com elas brinca,
Escreve, rabisca, apaga reescreve...
E as figuras se formam pouco a pouco
Nela as letras refletem
As idéias do poeta,
Os sonhos dos profetas...
Idéias se formando,
Caneta só riscando...
Sonhos só sonhos
Num caderno registrando!
Vai se a poesia
Fica a poeta!