Algaravia!

Duende sentado no tronco cortado, sombra,

Sobra um grito na janela muda, escombros,

Cinzas de um vulcão extinto no ar, pálida,

Toda rua que se curva no monte, assombros,

Lua apagada na cama quase quente, aresta,

A linha perdida do bom senso, escafandros,

Garganta sepulta da gárgula fria, música,

Lampejos invertidos da nave-mãe, ladros,

Pia a tez na fresta em chamas, ávida,

Lamúrias & vil metal arcanos, antros,

Toma os tomos aleatórios ao mar, intensifica,

A mão calcinada no óleo da vida, poliedros,

Entrando em suas carnes tenras, personifica,

Um vigor insano, tal energia, descalabros,

A pensar no amanhã mais simples, comida,

Parede reflete o fosco espelho em cedros...

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 16/08/2008
Reeditado em 13/10/2008
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