Ao que passa

Sua afabilidade era já comprovada

Acariciava e vagarosamente

Sufocava a fina folha azul

Da singularidade

Doce e hermética

Daquela que se havia posto

No desgosto

De muros não tão altos quanto os seus

E de nobrezas tão mais públicas

Daqueles versos que se doam

Aos que passam

E ela

Preferiu nunca ter estado

Para não ter nunca que

Somente passar

Talita Fernanda Sereia
Enviado por Talita Fernanda Sereia em 19/08/2008
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