Amor visível

Luas nascem em topos de arranha-céus

Estrelas cadentes são mariposas celestes

Brilhando fugazes em fachos de luz

Na beira noite do mar.

O vento tocando, de mãos tão geladas

É um doce prelúdio, vem música livre!

E bailam os fios voando, em comando

Da força mais pura de recomeçar.

O verde caindo da árvore me fez

Colher uma rosa papel, feito magia

Brotando dos dedos, sem intenção.

E toda a divindade sintonizou, ondas, ondas

Ondas de abraços. Balanço. Braços perdidos

Quem eu sou?

E como ontem a vi e tanto a procurei

Hoje ganhei, que lá foi deixado

Um beijo na Lua. Eu fui apanhar.

Tantas as coisas são invisíveis!

O amor, sim, se pode enxergar.

Joana de Alencar
Enviado por Joana de Alencar em 20/08/2008
Reeditado em 24/08/2008
Código do texto: T1137972
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.