Noite

Quando o manto escuro da noite

se escancara em meu leito

ao acaso

fico a sempre vaguear

por vezes a soluçar

a memória a recordar

tempos idos

quase infindos

tudo volto a me lembrar

Contrario a própria vida

cujo fim é sempre andar

não pode mesmo parar

os ponteiros do futuro

mesmo insisto

e a noite vivo sempre a recordar

No mar das minhas cobertas

estendo todo o meu pensar

salto meses

volto anos

estou sempre a recordar

É no mar das minhas cobertas

que eu fico a ancorar

o barco do meu passado

e não consigo mais enfrente navegar.

CesarO
Enviado por CesarO em 21/08/2008
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