Dos nossos silêncios

Dos silêncios que me cutucam, tenho filetes

Que somem pelo ar em espirais transparentes

Assédios doentios , pacificamente calados

Na pele arrepiada de urros e sussurros fartos

Embalo a solidão das falas que não me deste

Põe a salvo teus olhos e a alma trêmula

Não há em mim leitos secos, nem margens sem viço

Minha pele não conhece a aridez de pranto

Rego-as de sonhos, prosas e versos gritantes

Onde um dia plantei sonhos solitários

Nasceram flores de amores perpétuos

Floridos sobre um manto de silêncios vivos

Cala teus silêncios nesse chão encharcado

Junto aos meus semeados com alegria

E verás os nossos jardins belamente intocáveis

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 19/02/2006
Código do texto: T113951
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.