Escuridão

Na escuridão um pássaro cantou, causando comoção,

Atentos ao canto doído, uma passarela manifestava a canção.

Eu sei que é incoerente, pensar nessa canção,

Quando há tantas mais há escutar,

Mas ela preenche alada minha maneira de olhar.

A chuva corre docemente, pelas escadas noturnas,

Dominando os passos e acasos, sem escutar a razão,

Permitindo que aluada a vida rebaixe o corrimão...

Coletivo passa abarrotado, gemendo freios e discussão,

Barulhento, declina na contra mão.

Eu vou ouvindo sabores, vendo musica,

Sentindo o gosto das palavras nos sons noturnos.

Frenética andança, editando copias, colorindo ideais,

Imaginários beijos escorregados, pelo pulso subindo,

Até encontrar a boca, beijos de chuva, na chuva...

Na pressa a alma esvoaçada, voeja atada, nessa canção.

Retina da alma em dilatação...

Ah... Essa canção em forma de regresso,

Só dentro do coração...

13/06/2005

sezanetta
Enviado por sezanetta em 24/08/2008
Código do texto: T1143358
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