Tome meu corpo, faça proveito

Tome meu corpo, faça proveito

Tome a faca e abra o corte

Tire o que quiser, afinal, aceito

E de que me vale o corpo após a morte?

Toda minha maldição irá comigo

Eis que levo o que de precioso tenho

Já meu corpo, deixe ao urubu faminto

Ou ao corvo que buscando eu venho.

Tire-me as tripas, o fígado e o coração

Me destruam como sempre quiseram

Mas saiba, que levo comigo minha maldição

Essa que vocês invejaram, mas nunca tiveram.