Brisa Profana
Aquele toque quente de brisa quase profana
que suspira, que arrepia, que liberta o grito
limpa e reorganiza qualquer canto (que outrora fora corrompido)
carregando temores consigo e lançando-os longe sem pudor.
Ao ápice alucinante, o contorcer das veias
e o repuxar do corpo que responde à brisa, já ventania
traz à mente um vazio trôpego tão desejado, enfim,
para a remissão do que julga e fere ardente
Ao abandono da quente brisa tão querida
resta a lembrança quase sensual do que se foi
amaina-se o terror do passado, renova o presente que se vive
e deseja-se o retorno das delícias remissoras...