POETAS CRÔNICOS.

Tantos poetas que deixam as suas marcas,

as mãos marcadas,

como quem descreve a sua vida.

Tantos poetas, revelam-se em versos

tantos sentimentos; olhos de ressaca,

feito quem vem de uma noitada perdida.

Olhos comuns, porém mais desejosos,

olhos de quem vê de suas próprias quimeras,

um verso para se reerguer...

Tantos poetas que se reúnem e se embebedam;

como se fosse a última noite de suas vidas.

Mas aí que surgem, como poesias fora de hora.

Se é que se tem hora a inspiração !

Tantos poetas e crônicos, que no revelar das faces,

continuam amantes da boemia,

a se embriagarem de suas próprias palavras,

a se revelarem de suas próprias alucinações ...

Macaé, 20 de Agosto de 2008.