A ARTE E O INSTINTO

Sinal dos tempos

De todos os tempos

E caminhos pelos quais o homem passou

Descobertas, invenções

O fogo que aquece a alma

E serve de aconchego para o corpo

A pedra,

Arma e moradia

Santuário dos deuses

Fantasia

E o renascimento

Parto de grandes mentes

Lua cheia, sol nascente

A perfeição dos mortais

Linha tênue entre monstros e santos

Belos e mancos

Divindade castigatória

Olhos que tudo vê

Mãos que a tudo alcança

Pobres diabos...

....pobres...

moscas na teia da aranha

que tece sua beleza

e quieta espera sua presa.

Sinal dos tempos

E de tempos

Das revoluções industriais

Carnais, sangrentas

Olho por olho

Dente por dente

Como marteladas

Na alma do vivente

Vermelho vivo, latente

A denuncia piscológica

O feio, o trágico artisticamente,

O patético

Como provocação do pensamento

Sombrio como uma tempestade

E inesperado como a liberdade

Que se aporta em sua alma

Provocando explosões

Vibrando em cores instigantes,

Empastando as telas com suas verdades

Misturando as regras

Separando as tintas subjetivamente,

Improvisando a arte e a vida.