Flores de plastico.

Eu confesso estar cansado

Dessa selva de concreto

Pra um poeta apaixonado

Isso aqui é um deserto.

O meu coração fica estático

Espero alguem que me ouça

Faço poesia pra flores de plastico

Enquanto admiro um cavalo de louça.

O lindo beija flor preso na moldura

E as paisagens fixas na parede

Até o girassol aqui é uma pintura

A da liberdade a minha alma tem sede.

Quero cavalgar numa imensa invernada

Sentido a brisa soprar no meu rosto

Me envolver na caricia da poeira da estrada

Rompendo com essas grades que só dão resgosto.

Escrever uma poesia sentado na relva

Buscando inspiração na flor da paineira

Vendo a atenciosa coruja que observa

O revoar deslumbrante de uma borboleta faceira.

Ser livre é a unica coisa que eu quero

Me molhar no sereno de uma madrugada

E de cimento a unica coisa que eu espero

É um banco na varanda de uma casa arejada.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 01/09/2008
Código do texto: T1155797
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