O de Lira!

Não lamente apenas por lamentar, ovas & covas,

Tiro perdido no escuro na asa da gárgula,

Voz que estrangula sem vez, sem foz,

Pátria mamada, na mamata que traça & mata,

Mato trocado por outro mato, engole & cospe,

Ova acionada na melancia mercadológica,

A lógica que fura, lá fora, furos ainda maiores,

Respira que já tem mais um imposto posto,

A postos no aposto, sinas & loterias, agosto,

Turva a turmalina na goma que na linha proíbe,

Qual sina que seca o ar, sem ares de chuvas,

O saco inflado, suas cólicas melancólicas,

Outra garrafa de vinho flutuando no ar, faróis,

Sentou a pilha de livros, no tijolo a crase em crise,

Dedos em riste, tocam o dial, ondas de Andrômeda,

Gritarias vindas dos Urais, outros elementos, sorriso,

Sagrado feminino apanhado na contra-capa,

A casta frisa o desencanto na tez, sorgo vermelho,

Troca a tília que navega na teia do silício, vício,

A procissão prossegue, persegue, sobre solidão,

Lampejos afins procura refúgio, hora nova,

Apenas uma luz que espreita na janela vazia!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 06/09/2008
Reeditado em 18/09/2008
Código do texto: T1165215
Classificação de conteúdo: seguro