NOITE MULHER

A noite vem. Quando chega, vou para rua.

Vai dar-me de tudo que reclama o delírio;

Ela, uma linda mulher que me espera nua,

Faz-se presente noutros braços de perjúrio.

À noite, um bar a meia luz difusa, engana.

Uma fêmea ousada em busca de prazeres,

Um homem que procura boemia profana;

A junção do bem ou do mal: Dois quereres.

Um copo, a música romântica, um cigarro,

Olhares que se cruzam, ávidos de desejo;

O sorver dum gole, de uma só vez o trago,

E a investida célere para roubar um beijo.

Bailar frenético, corpos que se procuram,

Abraço apertado, desejo que foi desperto;

O quarto do motel, o frenesi virou loucura...

- O raiar do dia. Realidade. Só pleno deserto.

Lúcio Astrê
Enviado por Lúcio Astrê em 08/09/2008
Código do texto: T1168347
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.