SOLIDÃO

A vida é muitos cansaços,

Sorrisos de vários palhaços,

Sem fim, sem razão, sem memória.

Lentamente esmorece a alegria

Nos ventos frios do dia a dia,

Num macabro final de história.

Dormitam passado e futuro,

Ocultos em sonhos e escuro,

Em lembranças doridas e medo.

Nostalgias, esp’ranças, mais nada,

Nulidades que a alma anulada

Acalenta em silêncio e segredo.

Nada impede o sonho impossível,

Nada oculta o passado invisível,

Nem a névoa triste das mágoas...

Passa a vida sem mais ilusões,

Mar calmo, sem brisa ou tufões,

Em que só resta a solidão das águas.

mreno
Enviado por mreno em 17/04/2005
Reeditado em 21/03/2007
Código do texto: T11687