Dezenove
Hoje visto minh'alma
Da cor das nuvens no céu que enxergo:
Cinza. Todavia, nego
Que não sinta em meu cerne singular calma...
Porventura seja a terna brisa que me acolhe
Enquanto, de longe, observo o voar dos rouxinóis
Ou se deva ao fato de estar a sós
E em paz com meu espectro. E que a fina chuva me molhe
Se por mera banalidade
Eu permaneça em perplexidade
Por ainda ser alguém que se desenvolve:
"Não é tempo de ver nuvens brancas num céu azul: afinal, tornas-te dezenove"