Dezenove

Hoje visto minh'alma

Da cor das nuvens no céu que enxergo:

Cinza. Todavia, nego

Que não sinta em meu cerne singular calma...

Porventura seja a terna brisa que me acolhe

Enquanto, de longe, observo o voar dos rouxinóis

Ou se deva ao fato de estar a sós

E em paz com meu espectro. E que a fina chuva me molhe

Se por mera banalidade

Eu permaneça em perplexidade

Por ainda ser alguém que se desenvolve:

"Não é tempo de ver nuvens brancas num céu azul: afinal, tornas-te dezenove"

Espectro Abissal
Enviado por Espectro Abissal em 09/09/2008
Reeditado em 25/04/2012
Código do texto: T1169999
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