O ESTRONDO DO VULCÃO

Usufruir de auroras e albores,

merecer flores da constelação

de Dalva.

Sabores de pêras ,

saberes de albas planícies,

tudo se estreita ao infinito

que a madrugada espreita.

Ao amanhecer ,

a cidade escuta e fala

com seu paladar de infante.

A inocência, non sense,

a raros oferece sua brisa,

a adentrar apenas

janelas abertas para a vida.

Testemunhar de perto,

o estrondo do vulcão.

O vulcão que nos habita

calado, a mirar o mar

com suas ondas compassadas.

O vulcão que nos permite

descompassos.

Bailar em palcos

de estruturas duvidáveis,

destruir palcos

inutilizáveis.

O vulcão que nos permite

zerar, avançar sobre ruínas

e alcançar o bálsamo

nas raízes de sândalo,

usufruir de auroras e albores

merecer flores da constelação de Dalva.

Rocio Novaes
Enviado por Rocio Novaes em 17/04/2005
Código do texto: T11725