O ESTRONDO DO VULCÃO
Usufruir de auroras e albores,
merecer flores da constelação
de Dalva.
Sabores de pêras ,
saberes de albas planícies,
tudo se estreita ao infinito
que a madrugada espreita.
Ao amanhecer ,
a cidade escuta e fala
com seu paladar de infante.
A inocência, non sense,
a raros oferece sua brisa,
a adentrar apenas
janelas abertas para a vida.
Testemunhar de perto,
o estrondo do vulcão.
O vulcão que nos habita
calado, a mirar o mar
com suas ondas compassadas.
O vulcão que nos permite
descompassos.
Bailar em palcos
de estruturas duvidáveis,
destruir palcos
inutilizáveis.
O vulcão que nos permite
zerar, avançar sobre ruínas
e alcançar o bálsamo
nas raízes de sândalo,
usufruir de auroras e albores
merecer flores da constelação de Dalva.