DEIXA-ME!

DEIXA-ME!

Lilian Maial

Paga a conta,

sai da sala

e deixa teu número sobre a mesa,

já que plantaste a semente,

a vingar frutos certeiros!

Vai para casa protegido

(se bem que esse sorriso

ainda perdura,

a resgatar toda a candura

do frescor do novo brilho)!

Não olha para trás!

Não falseia!

Que o preço desse olhar

não arde em ti,

embora corroa feito a cera,

que derrete com o fogo,

mas o vê apagar-se pavio.

Deixa-me a recordar,

a arrepender,

a mais querer!

Deixa-me assim:

sem aviso,

neste suspiro!

***********