Rebeldia

A cada pedaço de mim que morre

com o punhal da batalha perdida

Sou como um cristal quebrado

e dos cacos faço mosaicos

A cada pedaço de mim que morre

nas desilusões com atos e fatos

Sou como flores do mato

renascendo além dos penhascos

A cada pedaço de mim que morre

pela mão de um ser ausente

Sou como uma presença oculta

em tons de sutil freqüencia

A cada pedaço de mim que morre

com a dor de minha criança faminta

Sou pão e fruto proibido

cobrindo as fendas de alento

A cada pedaço de mim que morre

sou fúria, indócil e indomada

Sou luta de causas perdidas

Mas não me entrego, nem morta!

Paola Caumo
Enviado por Paola Caumo em 01/03/2006
Código do texto: T117510