DE ONDE VENS?
Penso-te em outra era, talvez etérea
De que galáxia vens e aqui passeias?
Pergunta sem resposta porque aérea
Envolta em mistério que tu ateias...
Imagino-te mulher com todas as vontades
De um corpo jovem, esbelto e belo
Em plena primavera do amor sem castidades
Enquanto eu, outonal, não ouso o duelo...
Tu, flama que inflama e desafia o apetite
Eu, estopa envolta em óleo que se consome
Em ritmo lento comprazendo-me do convite
Que de ti explode para saciar a fome...
Eu te sublimo, mas se perguntas nego
Que estás, como as estrelas, fora do alcance
Não és deste planeta,tampouco sou teu alter ego
São contradições...sonhar viver contigo um romance...