O mar

Eu sentado em frente ao mar

E vendo o tempo passar

A brisa que vem do continente

Se despedindo de quem vai navegar...

E eu aqui, cheio de vontade de sair,

Pra sentir o cheiro de outros portos

Estou entediado do que vejo por aqui

Quem sabe reencontre o brilho do meu olhar por aí

Por um desses mares, que eu nunca conheci

Ou em um desses bares, nos quais nunca me atrevi

Tavernas cheias de histórias

Cavernas vazias de coisas

Ou vice-versa...

Quem sabe os perigos do mar eu encontre

Talvez eu siga sempre a calmaria

Em um infortúnio, eu fique em uma ilha vazia...

Se eu for navegar, sentirei falta deste porto

No qual eu cresci e me sinto em casa

Mas preciso conhecer o mundo

Para dar valor ao meu mundinho.

Vou me lembrar dos furacões que verei

Pra nessas horas lembrar do cheiro desse porto.

Sentindo cheio de outros portos,

Os compararei ao meu porto.

Ou quem sabe meu porto esteja perdido,

A me procurar nesse mar infinito...

Não quero dominar o mar, posto que é deveras imponente

Apenas desejo seguir seu ritmo,

Quero deixar o mar me mostrar

Os seus portos, as suas praias, seus corais.

Para quando encontrar o meu porto

Sentar na areia feita no bater das ondas -

Prova de que o mar não é absoluto, mas sim incansável - ,

Ver as ondas quebrando à minha frete,

Olhar para o pôr-do-Sol que some sob o mar

E lembrar que as paisagens que agora o Sol observa

Eu também sou capaz de descrever.

Wyllian Neo Dalla Valle
Enviado por Wyllian Neo Dalla Valle em 15/09/2008
Código do texto: T1179464
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