CONTAS DA VIDA...
Nestas contas do colar da vida,
faço contas do tempo perdido.
Dou desconto da parte mais sofrida,
do coração por dores atingido.
Conto momentos de doces sonhos,
e devaneio quando se fala de dor,
das contas que perderam os elos,
que uniam as contas puras do amor.
Melhor não cobrar nenhuma conta,
das contas atemporais que nos impõe,
se não vai-se o amor e a dor desponta.
Que a vida não leve sempre em conta,
a conta apresentável que dispõe,
no verossímil brincar de “faz-de-conta”.