REGISTRO

Meu pensamento hverá de superar o mesquinho

E mesmo sozinho na hora da morte haverei de ter sorte

De não ver a escuridão; meu coração haverá de explodir

Feito um canhão e meu corpo sereno no chão haverá de cair .

Hei de olhar o irmão sem pedir clemência de meus atos

Serei casto de tal modo que o mais probo dos homens

Haverá de esquecer meu nome e no seu pensamento vazio

Que jazia haverá de perpetuar o amor e cultivar uma flor.

Meus rastros na areia haverão de se apagar, meus sonhos

No espaço haverão de vagar e no mais claro brilho num

Pequeno vão vazio os homens haverão de esmorecer

E renascer apenas para viver e amar.

Meu corpo não estará mais atento, será apenas um arrebento

Sob a terra, cujos vermes até o cerne haverão de comer

Se fartarem do meu liquido nas trevas antes

Do amanhecer, debaterem-se com tal encanto que mesmo

Molhados do meu pranto haverão de se alegra sem nada dizer.

Meu espírito, não sei se estará no céu ou no inferno a sofrer

De alguma forma haverá de ser vagabundo o espectro desse

Raimundo que veio ao mundo para a felicidade viver e bem

Aos irmãos querer, embora nada para evitar sua dor pudesse fazer.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 03/03/2006
Reeditado em 07/03/2006
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