HISTÓRIA - II
Não são cegos
os olhos da História,
a mesma História plena
de amores
e paixões,
a mesma História
(meu ofício)
onde o sangue verte
(vermelho-vinho)
como a vida que se derrama
na relva, nos vales,
nas montanhas,
como a vida
dos revolucionários
brandindo armas
contra a opressão,
contra o velho mundo velho
que teima em persistir.
Não são cegos
os olhos da poesia,
a mesma poesia que me permite
entrar sorrateiro
na alma do mundo,
na História do mundo,
na alma dos homens,
plenos de amores
e paixões
como
a
própria
História...