inconsciente

*

tu me chamas

no silêncio dos ausentes

e a saudade sossega, tão secreta

no jardim da casa alastra fragrância da primavera

tudo permanece à sombra de lembranças

dentro, muito dentro do momento

ao fundo do olhar nascem palavras

numa porção de lágrima

sempre me chamas

sempre e em todas as tardes

ao despertar do dia

garoa, sempre, garoa

a solidão permanece à janela

e tu me chamas, mesmo ausente

.

marcia eduarda
Enviado por marcia eduarda em 26/09/2008
Código do texto: T1197387
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