O Bailar dos Relâmpagos

(Dedicado a Déia Tuam, meu primeiro texto como musa)

A chuva castiga a terra

E a tempestade solta um relâmpago

Encarando essa imensa fera

Eu sei que no fundo do meu âmago

Eu adoro essa fúria

Vejo-a com luxúria

O céu toma um tom azulado

Pelas incessantes descargas

E os estrondos todos carregados

De nossas duas ambiciosas marcas

Refletimo-nos na tempestade

Abaixo de nós, temerosa cidade

Um velho samba me vem à mente

E um novo amor me vem à alma

Ambos me vêm tão solenemente

Que essa cruel tempestade me acalma

Com amor e samba observar

Todos os relâmpagos bailar