Quem vejo? Quem sou?
Presa em olhos que não são meus
Que voltam pelo espelho zombeteiros
Fascinada por um sorriso desconhecido
Que é refletido em seu intenso sarcasmo
Mente que é minha...
Corpo que foi possuído...
Ando por ruas esburacadas
Que um dia me foram como amigas
Sonho imagens espalhadas
Que um dia fizeram tanto sentido
Corpo que é meu...
Mente possuída...
Me encontro então longe de tudo
Onde o vazio não é nem companheiro
Onde o silêncio é tudo o que escuto
E o nada é tudo que vejo...
Nem corpo, nem mente
Já não sou mais eu
Fui destruída!