Eros e Psiquê (fragmento)

A morcegar, a moça pensa, fada:

“O amor é cego, zote quem quer ver.”

A língua lambe, lúbrica, em lazer

Sem fé, lação que muda amor em nada.

O moço, órgio, diz, sussurra: “Sei-o,

O júbilo é só isso.” E diz: “Vá, Gina!”

“Eu acabei, jogral, mas não termina

A noite, o coito afoito neste enleio.”

“Não penes”, admoesta Gina a André,

“Para sorvemos o copo lascivo.

Que o regozijo cumpras. Herdas, vivo,

Original pecado. Fá-lo em pé.”

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Thiago Leite
Enviado por Thiago Leite em 19/04/2005
Reeditado em 19/04/2005
Código do texto: T12061