Rosas

Num espinho de rosa, sangrei.

Ora, bolas! Das rosas, não sei!

Meus tímidos olhos que machuquei

Pra rosas olharam, pra verdade não olhei.

Pois, na sua beleza,

Na sua singeleza,

Com toda a completa certeza

O fruto da Mãe-Natureza.

Têm espinhos e fura,

Sangra e machuca;

Mas coração se cura

De sua travessura.

Num espinho de rosa, me feri.

Ora, bolas! Nas rosas, senti

Dos amores que tanto vivi

A surpresa do medo de reagir.

Se amas ardentemente

E inconscientemente,

Quero-te eternamente,

Meu amor inocente.

As rosas cheirosas,

De aromas, gostosas,

São rosas pra uma rosa.

Que aroma! Saborosa!

Mesmo que teus espinhos

Machuquem-me aos pouquinhos,

Não quero estar sozinho!

Quero-te em meus caminhos!

Rosa, te aninho

Com todos os meus carinhos...

As rosas do cais

São as rosas do Pai:

"Olhai e enxergai,

Rosas são todas iguais!"

Bento Verissimo
Enviado por Bento Verissimo em 02/10/2008
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